COMO LIDAR COM COLABORADORES PROBLEMÁTICOS

Por Gutemberg B de Macedo

 “Qualquer que seja a organização em que você trabalha é independentemente de seu estilo gerencial, você sempre irá se deparar com colaboradores problemáticos. Portanto, aprenda a identificá-lo e a lidar com eles”.

Colaboradores problemáticos é uma realidade sempre presente nas organizações privadas, públicas, religiosas, militares e sem fins lucrativos, por mais que elas se esforcem para atrair apenas os melhores e os mais ajustados em seus processos seletivos. Quem nunca ouviu as expressões – “Ele ou ela nos enganou durante o processo seletivo. Compramos lebre por gato”; “Ele se vendeu como se fosse um verdadeiro leão, mas na verdade era um grande macaco”.

 Quase todos os dias costumo ouvir histórias estarrecedoras sobre esses profissionais que raramente se corrigem, apesar dos esforços empreendidos por suas organizações em salvá-los em nível pessoal, familiar e profissional. Ao ouvi-los, a sensação que temos é a de que o problema está sempre fora deles – criticam as empresas onde trabalham, seus superiores imediatos, pares, subordinados, mercado etc.

Acredito que na maioria das vezes é fácil identificá-los. Especialmente se observamos atentamente a maneira como se comportam no ambiente de trabalho:

• Eles criam intrigas desnecessárias com seus colegas de trabalho.

• Eles cultivam um comportamento passivo-agressivo. São reativos, vingativos ciumentos.

• Eles se posicionam sempre contra uma ideia nova ou qualquer outro tipo de mudança na organização. Só enxergam o copo meio vazio. São passivos e acomodados.

• Eles se recusam a receber qualquer tipo de feedback, pois o veem como algo injusto. Consequentemente, nunca se corrigem.

• Eles odeiam trabalhar em equipe, visto que não possuem espirito colaborativo.

• Eles são preguiçosos e fingem que estão sempre trabalhando e ocupados.

• Eles não são confiáveis.

• Eles adoram caluniar, distorcer informações, fofocar sobre a vida de seus colegas.

• Eles estão sempre prontos para falar mal de seus superiores imediatos pelas costas.

• Eles nunca estão bem consigo mesmos. Portanto, são pessoas infelizes, amarguradas, negativistas, desconectadas, mal humoradas e vivem sempre na defensiva. Não é a toa que eles não crescem em suas carreiras ao contrário, estão sempre andando para trás. Grande parte deles estão literalmente doentes, porém não têm consciência.

É sabido e reconhecido que esse tipo de colaborador é altamente tóxico. Portanto, nocivo a qualquer tipo de organização, pois contamina todo o tecido corporativo.

Nesse cenário angustiante e estressante, as empresas têm poucas alternativas:

 A primeira – Sugeria esses indivíduos um tratamento psicológico, visto que provavelmente estão doentes e não sabem.

 A segunda – Após passarem por tratamento psicológico ou psicanalítico, devem ser submetidos a um trabalho de coaching executivo.

 A terceira e última alternativa – Se eles não se corrigirem de seus comportamentos nocivos e prejudiciais, devem ser demitidos imediatamente para o bem da organização e seus stakeholders.

À luz de minha experiência, estudos e pesquisas, afirmo que muitas vezes, não importa o que a empresa possa fazer para salvar esse tipo de colaborador, será inteiramente impossível resgatá-lo. Portanto, é melhor demiti-lo com dignidade e sem nenhum remorso e deixá-lo ir embora o mais rápido possível. Os gestores por mais bem preparados que sejam no tratamento humano não deveriam assumir o papel de terapeuta. Eles não foram preparados para o exercício de tal ofício. Mas é importante observar que a seleção por mais falha que ela tenha sido, o pior erro é persistir com essa pessoa cujos comportamentos contaminam o grupo e leva a baixa produtividade.